Teve COVID19 e perdeu o paladar? Entenda seu cérebro e recupere o prazer de comer

Mais de cinco milhões de brasileiros tiveram contato com o vírus COVID19 até outubro e, como consequência, inúmeros apresentaram sequelas ligadas ao olfato e ao paladar. Este foi o caso de Ana Paula Lino, colaboradora SUPERA em São José dos Campos. Assim como outros acometidos pela doença, Ana sentiu que algo estava errado poucos dias após a confirmação de que estava com COVID19 “Com seis dias de doença eu percebi que não estava sentido o cheiro e o gosto das coisas, depois disso perdi a vontade de me alimentar. Não temos essa dimensão, mas os sentidos nos motivam a comer, já que isso é um prazer”, disse a gerente.

Assim como Ana, milhões de brasileiros que já afastaram o risco de transmissão da doença estão agora reaprendendo os cheiros e sabores, o que nem sempre é uma tarefa simples como explica o Neuro intensivista Marcos Paulo Bossetto Nanci “Quando deixamos de sentir, seja o paladar, seja o olfato, ou qualquer outra sensibilidade, a região do cérebro responsável por esta sensibilidade, para de receber estes estímulos, deste modo existe uma tendência que a região do cérebro sofra atrofia por perda das sinapses, e essa perda das sinapses vai levando a uma morte de neurônios. Com o passar do tempo, esta alteração por perda das sinapses acaba sendo irreversível”, alertou o médico.

E agora? – Mas calma. Mesmo em outras doenças, a perda de olfato e de paladar é comum e quase sempre reversível. Além do COVID19, a perda também acontece em resfriados simples e gripes. O tempo para reversão – no entanto varia de acordo com o quadro “Diversas doenças que conhecemos, além da infecção pelo corona vírus, podem levar a uma perda de olfato e do paladar. Um resfriado simples ou uma gripe, seriam os casos mais comuns, mas também quadros neurológicos como Alzheimer, Parkinson ou traumas crânio – encefálicos podem levar a perdas tanto do olfato, quanto do paladar. Se a perda de olfato ou paladar durar de sete a dez dias, procure um médico para fazer o diagnóstico e tratamento correto”, detalhou o médico.

Como recuperar ? Assim como o nosso corpo, o nosso cérebro também possui memória. Em uma situação como esta isso fica ainda mais evidente. Estímulos simples podem ajudar nesta recuperação e o melhor: isso pode ser feito em casa “A reversão do olfato pode acontecer por mecanismos simples: por exemplo: cheirar várias vezes ao dia as substancias que nós temos na nossa casa, como café, vinagre de vinho ou até mesmo essências de baunilha. Isso tende a estimular os nervos olfativos, e esses nervos olfativos voltarem a funcionar”, disse.

“Com seis dias de confirmação da doença eu percebi que não estava sentindo o sabor da comida e não sentia o cheiro… depois disso perdi a vontade de me alimentar porque não tinha mais o prazer de comer e tinha também a preocupação de saber se comida estava boa ou não. O prazer em comer começa quando você sente o cheiro da comida…”

Ana Paula Lino – Gerente de Expansão do SUPERA

Neuróbica – Cheirar os alimentos, como os citados pelo médico, são também exercícios conhecidos como neuróbicas.A proposta das neuróbicas – que funcionam como a aeróbica dos neurônios – é justamente tirar o cérebro da sua zona de conforto e potencializar as suas habilidades cognitivas “As neuróbicas estimulam padrões de atividade neurais que criam conexões entre as diferentes áreas do cérebro e fazem com que as células nervosas produzam nutrientes naturais do cérebro, as neurotrofinas, que podem aumentar de maneira considerável o tamanho das dendrites das células nervosas”, explica Solange Jacob, Diretora Pedagógica do Método SUPERA.

“Todo treinamento para o cérebro é importante, neste período na tentativa de reversão tanto da perda do olfato, quanto do paladar. Café, vinagre de vinho ou até mesmo essências de baunilha devem ser cheiradas várias vezes ao dia. Esses exercícios estimulam os nervos e estimulam as regiões específicas do cérebro responsáveis por essas sensações e assim a tendência é de que haja uma reversão do quadro mais rapidamente”

Marcos Paulo Bossetto Nanci – Neurointensivista

As sequelas da COVID 19 ainda estão sendo detalhadas pela ciência. No caso de Ana Paula, no 16º dia de confirmação da doença, cerca de 40% do olfato e paladar já tinham sido recuperados. Para recuperar o prazer de comer, Ana recorreu aos seus alimentos e cheiros preferidos, o que, para ela foi positivo “Eu ainda estou sem sentir o cheiro e o gosto, mas a médica disse que, no caso do COVID19, isso pode durar semanas ou até meses. Chegou um momento que eu racionalizei porque estava perdendo peso e me forcei a comer para não perder peso. Comecei então a comer os alimentos que eu gostava mais e assim consegui me alimentar melhor”, lembrou. Segundo doutor Marcos Paulo, existe uma intima relação entre o olfato e o paladar. A perda do paladar muitas vezes está relacionada a diminuição do olfato. Com a reversão da perda do olfato, a perda do paladar também é revertida. Alterações do paladar podem acontecer por problemas específicos, na boca, na língua, e isso leva também a outras dificuldades “É claro que, para doenças mais sérias, o auxílio médico e a pesquisa médica é essencial. Então, qualquer perda de olfato ou perda de paladar associada, é importante que se procure um médico para fazer o diagnóstico”, concluiu.

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